O setor de shows e eventos no Brasil está animado com o gradual retorno das aglomerações no país. Com 70% da população adulta vacinada com a primeira dose contra a Covid-19, o estado de São Paulo teve seu primeiro final de semana sem restrições e os bares do boêmio bairro da Vila Madalena, na capital paulista, ficaram lotados. Se por um lado os números trazem esperanças de que a pandemia está sendo superada, por outro lado, a variante delta ainda não permite que se vislumbre um fim definitivo. Com informações da Veja.

A toada de incertezas atinge especialmente as casas de shows, que lutam para sobreviver. Há algumas semanas, tanto em São Paulo, quanto no Rio de Janeiro, esses lugares já haviam sido autorizados a funcionar com número reduzido e público sentado. A secretária de desenvolvimento econômico do estado de São Paulo, Patricia Ellen, destacou que a abertura está sendo gradual e que o público não deve achar que liberou geral.

“Eventos com público em pé só em novembro”, garantiu. A variante delta também preocupa o governo, embora até este momento o risco, segundo a secretaria, esteja controlado. “A preocupação de que qualquer coisa possa prejudicar a retomada é constante. Estamos monitorando a variante delta em todo o estado”, completa.

Até lá, o estado pretende realizar dezenas de eventos testes para descobrir o comportamento do vírus.

“Mas em hipótese nenhuma as máscaras serão liberadas. Elas sempre serão obrigatórias”, disse. Segundo Patrícia, o estado está em contato com governantes de cidades da Holanda, Reino Unido e Estados Unidos para entender como os eventos testes ocorreram por lá. “Esses contatos internacionais foram úteis para entendermos a necessidade de testagens e exigências de cartões de vacinações para definirmos o que iremos fazer”, contou.

Na capital paulista, a prefeitura anunciou nesta segunda-feira que vai exigir comprovante de vacina contra a Covid para entrada em eventos, shoppings e restaurantes. Segundo a secretária, o maior problema para os empresários do setor de eventos é a falta de previsibilidade.

“Trata-se de uma área em que a agenda é muito importante. Como você vai marcar um show sem saber se naquela data ele poderá ocorrer”, diz ela.

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