Duas chuvas de meteoros devem movimentar o céu nos próximos dias, segundo a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon). O pico da chamada Alfa Capricornídeas está previsto para a noite de quinta-feira e a Delta Aquáridas do Sul terá sua máxima na sexta-feira. Os fenômenos poderão ser vistos de todo o país.

A primeira chuva de meteoros, Alfa Capricornídeas, não é muito intensa e “raramente” produz mais de cinco meteoros por hora, segundo a Bramon. Mas ela pode produzir meteoros explosivos e algumas bolas de fogo durante seu período de atividade.

Sua atividade ocorre de 3 de julho a 15 de agosto, com a máxima entre 29 e 30 de julho. Os meteoros dessa chuva são formados pelo impacto na atmosfera da Terra dos detritos deixados pelo Cometa 169P/NEAT.

Já a Delta Aquáridas é uma chuva mediana, melhor vista nas regiões tropicais do Hemisfério Sul. Sua atividade ocorre entre 12 de julho e 23 de agosto, com pico entre 30 e 31 de julho.

Ela pode gerar até 16 meteoros por hora. No entanto, os meteoros dessa chuva são, geralmente, fracos e não apresentam trilhas persistentes no céu. Eles “provavelmente” são formados por detritos do cometa 96P/Machholz, segundo a rede.

A Alfa Capricornídeos recebe esse nome porque sua direção de queda fica próxima à estrela mais brilhante da Constelação de Capricórnio. Já a da Delta Aquáridas do Sul fica próxima à estrela Delta Aquarii, a quarta mais brilhante da Constelação do Aquário.

Um meteoro, também conhecido como “estrela cadente”, é um fenômeno luminoso que ocorre quando um pequeno fragmento de rocha espacial atravessa nossa atmosfera em altíssima velocidade.

“Quando isso ocorre, esse fragmento comprime e aquece muito rapidamente o gás atmosférico à sua frente, formando uma bolha de plasma (gás aquecido e ionizado) que brilha como uma lâmpada por um tempo muito curto, de uma fração de segundo a alguns poucos segundos”, explica a Bramon.

Quando a Terra atravessa uma área do céu que possui uma quantidade maior de detritos deixados por cometas ou asteroides, o que acontece em certas épocas do ano, vários desses fragmentos atingem a atmosfera ao mesmo tempo, formando as chuvas de meteoros.

Como observar

De acordo com a rede, as chuvas de meteoros poderão ser observadas a olho nu, sem a necessidade de qualquer equipamento: “basta procurar um local adequado e olhar para o céu na hora certa”.

O melhor horário de observação está previsto para entre 22h e 0h30. Depois disso, a luminosidade da Lua deve começar a prejudicar a observação, segundo a Bramon.

— O ponto de referência para ver as chuvas é o planeta Júpiter. Ele é o ponto [estrela] mais brilhante na direção Oeste, onde o sol nasce. Como os radiantes destas duas chuvas estão praticamente na mesma direção, vai ser bem fácil acompanhar. Não quer dizer que só surgirá deste ponto do céu, mas se você traçar uma linha da trajetória do meteoro eles vão parecer surgir deste ponto — explica o astrônomo amador Jocimar Justino, ao G1.

Outras dicas listadas pela Bramon são procurar um lugar escuro, se possível afastado das grandes cidades, para evitar a poluição luminosa; desligar as luzes em volta; e utilizar uma cadeira de praia ou colchão para se deitar e observar o céu de forma mais confortável.

A entidade também incentiva que os observadores comuniquem a organização após o avistamento de algum meteoro. As informações servem para registros mais precisos sobre os fenômenos e podem ser relatados no site da organização. É importante registrar a hora do aparecimento e procurar referências no céu para saber o trajeto do meteoro.

*Com informações de O Globo

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