No dia 11 de janeiro é lembrado o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos. Esta data serve para conscientizar sobre o uso indiscriminado do produto e os problemas causados ao meio ambiente e à saúde humana. Na agricultura, não existe nada mais regulamentado do que o agrotóxico, a fiscalização é feita por leis estaduais e federais, decretos e normas. 
No Rio de Janeiro, uma importante ferramenta auxilia nessa ação. Implantado em 2017 e desenvolvido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa), o Sistema de Integração Agropecuária (SIAPEC) possibilita o maior controle do uso de agrotóxicos em todo o Estado.

– O controle de agrotóxicos é algo feito com muita seriedade no RJ. Nesta plataforma digital reunimos dados sobre a comercialização e uso destes produtos em um único banco de dados.  Além disso, estamos auxiliando com o suporte da Emater os produtores na implantação da rastreabilidade, a nova norma que vai ajudar ainda mais nesse controle – disse Marcelo Queiroz, secretário de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento.

O SIAPEC realiza todo o monitoramento de controle de entrada de agrotóxicos no RJ, até o seu destino final da embalagem. Por isso, todo o trabalho de aquisição desses defensivos só é permitido nas culturas recomendadas. Esse também é o grande foco da rastreabilidade dos produtos, respeitar a dose e intervalo de carência entre a última aplicação e colheita.

– Esta ferramenta reúne informações sobre os produtos permitidos no Estado, registros dos fabricantes, receitas agronômicas e relatórios gerenciais, permitindo otimizar os recursos para as ações de fiscalização – disse Leonardo Vicente da Silva, engenheiro agrônomo da Seappa.

Outras importantes formas de controle são o Registro Federal, feito pelo Ministério da Agricultura, com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ibama e o Cadastro Estadual, feito pela SEAPPA.

Rastreabilidade
Esse sistema é usado para monitorar e realizar o controle de resíduos de agrotóxicos na produção de vegetais frescos. Esses alimentos deverão fornecer informações padronizadas para identificar o produtor. Esse modelo visa garantir a qualidade e a segurança desses produtos para o consumidor e já é adotado em outros estados do país.

Seguindo uma regulamentação do Ministério da Agricultura, todos os produtores de vegetais frescos do RJ deverão utilizar a rastreabilidade em seus produtos e para auxiliar nessa adequação, a Seappa vem realizando reuniões, parcerias e apoio técnico aos donos de lavouras do Estado.

Conheça algumas alternativas para minimizar o uso de agrotóxicos:
• Uso de material geneticamente resistente;
• Manejo integrado de pragas;
• Policultivo;
• Rotação (plantação de diferentes culturas na mesma área);
• Consórcio de culturas (duas ou mais espécies com diferentes características cultivadas no mesmo local compartilhando os recursos);
• Criação de corredores ecológicos;
• Adubação verde;
• Controle biológico;
• Emprego de plantas companheiras e repelentes;  
• Uso de cercas vivas ou cordões de contorno.

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