O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Allan Turnowski, disse, nesta quinta-feira (09/09), que os três meninos desaparecidos em Belford Roxo, Baixada Fluminense, foram mortos por uma facção da comunidade do Complexo do Castelar. Em entrevista à rádio Tupi, ele afirmou que um traficante teria pedido autorização para cometer o crime a um chefe da quadrilha que estaria dentro do sistema prisional.
Turnowski destacou que esse criminoso teria sido morto no Complexo da Penha, Zona Norte, para onde foi chamado por outros comparsas.
— Tínhamos várias linhas de investigação, mas a principal teoria sempre foi a de que o tráfico estaria envolvido nessas mortes. Alguns depoimentos indicavam o envolvimento da quadrilha do Castelar. Inclusive, tinha o nome de um chefe que teria pedido autorização para dentro do sistema (prisional) para efetuar esses homicídios.
O EXTRA apurou que a autorização foi pedida por Wiler Castro da Silva, o “Estala”, gerente do tráfico de drogas do Castelar, de 25 anos. Estala, que estava foragido do sistema penitenciário, é apontado como um dos responsáveis pelo crime e teria sido morto na região da Penha justamente por ter sido o mandante da morte de três crianças.
— Essa chefia do Castelar foi chamada no Complexo da Penha e morta exatamente por ter cometido os homicídios. Essa organização criminosa que enfrenta o Estado e não tem mais limites éticos, mesmo no crime, se é que um dia existiram, é a que pratica atrocidades. A Polícia Civil está prestes a concluir o inquérito e dar as respostas.
Outro traficante que também é investigado neste caso é José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha, de 41 anos. Ele vive no Complexo da Penha e está acima de Estala na hierarquia da quadrilha.
*Com informações de O Globo