A Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) vai implantar um projeto de alfabetização no Presídio Feminino Nilza da Silva Santos. A medida visa oferecer o ensino básico na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), a fim de promover a ressocialização de mulheres enquanto cumprem as penas determinadas pela Justiça. A diretora da unidade prisional, Letícia Areas, participou de reunião na secretaria para tratar do projeto, que incluirá a distribuição de kits de material escolar.

“Recebemos o convite da gestão do presídio e colocamos nossas equipes à disposição. Entendemos que será uma grande oportunidade de colaborar para mudar a realidade carcerária, proporcionando a essas internas, privadas da liberdade, um incentivo para ressocialização e futura reinserção na sociedade”, afirmou o secretário de Educação, Marcelo Feres.

A coordenadora da EJA, Greice Mara; o enfermeiro do PSE, Humberto Augusto Junior; professora e enfermeira do PSE, Elaine Raymundo; responsável técnica pela implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) em Campos, Micaela Albertini; e a assistente técnica da Atenção Básica, Luciane Barreto, também participaram do encontro.

Segundo Letícia, a Penitenciária conta com cerca de 150 internas. Desse total, há 63 mulheres interessadas em participar. A ideia é que o processo aconteça em turma multisseriada.

“Apresentei proposta de alfabetizar as internas na própria unidade, porque, atualmente, elas estudam somente com o apoio umas das outras. Solicitei à Secretaria que nos ajude também com material escolar e fomos atendidos, de modo que elas poderão dar continuidade aos estudos e receberão seu tão sonhado diploma”, afirmou a diretora.

Greice Mara garantiu que a equipe da Seduct visitará a unidade prisional nos próximos dias, a fim de listar as principais demandas. “Iremos conhecer o espaço para levantar a real necessidade e o melhor modo de atender ao Programa, que é extremamente possível de ser executado. A Secretaria de Educação tem muito interesse em contribuir”, reforçou.

O presídio masculino já conta com o auxílio do Governo do Estado na área da educação. Entretanto, o presídio feminino não dispõe desse suporte, pois não se enquadra nos critérios do Programa de Educação do Estado para receber o serviço. “É muito gratificante participar de ações como essa, que visam gerar inclusão e ressocialização dessas pessoas dando oportunidade de mudar o futuro. Vamos utilizar a educação pública municipal para fortalecer essa iniciativa”, disse Humberto.

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