O muriaeense e influenciador evangélico, Victor Bonato, de 27 anos, foi preso durante um retiro espiritual em Cesário Lange, no interior de São Paulo, sob a acusação de estupro contra três fiéis. O caso chocou a comunidade religiosa e as autoridades locais, que detalharam a operação policial para o portal metrópoles, que resultou na prisão.

A ação policial foi conduzida pelas equipes da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Barueri, na Grande São Paulo, que estava encarregada da investigação. A prisão de Bonato foi cuidadosamente planejada para evitar constrangimentos aos demais participantes do retiro, que ocorreu em um local de encontro religioso na Rodovia Presidente Castello Branco.

Com uma capela, cozinha que atende até 200 pessoas, pedalinhos, caiaques e caminhadas na natureza, o acampamento era utilizado por diversas igrejas para “encontros com Deus”. A operação policial foi realizada de forma discreta, com policiais utilizando viaturas descaracterizadas e colaborando com a equipe de segurança do estabelecimento.

Victor Bonato foi preso enquanto assistia a uma palestra, sendo interceptado no momento em que se dirigia para a porta. Ele não ofereceu resistência e foi conduzido à Cadeia Pública de Carapicuíba, na Grande São Paulo.

As alegações de estupro envolvendo o influenciador se baseiam nos depoimentos das três vítimas, todas com idades entre 19 e 24 anos. Segundo os relatos, Bonato as convidava para assistir a um filme em sua casa, onde as tocava sem consentimento e as forçava a ter contato sexual não consensual. Em dois casos, ele teria praticado sexo oral à força e esfregado seu órgão genital no rosto de uma das vítimas.

A defesa de Victor Bonato, em nota divulgada nas redes sociais, afirmou seu compromisso em provar a inocência do influenciador e enfatizou o respeito ao devido processo legal. A Justiça paulista negou a revogação da prisão temporária de Bonato, argumentando a existência de indícios de agressividade por parte do suspeito, o que justifica o temor de que sua liberdade possa prejudicar a investigação em curso.

Além disso, a Polícia Civil está analisando cerca de 70 gigabytes de dados extraídos do celular de Victor Bonato e busca obter a lista de todas as pessoas que tiveram acesso ao apartamento alugado por ele em Alphaville, Barueri, entre junho e setembro de 2023, que é apontado como o local dos crimes. Suspeita-se que mais mulheres possam ter sido vítimas do líder religioso.

O caso de Victor Bonato tem gerado grande comoção e debate na comunidade religiosa e na sociedade em geral, enquanto a investigação continua em busca da verdade sobre as acusações de estupro que recaem sobre o influenciador evangélico muriaeense.

Fonte: Rádio Muriaé

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