Em greve há quase dois meses, os professores da rede estadual do Rio de Janeiro decidiram continuar a paralisação. A decisão foi tomada depois de uma assembleia realizada nesta quarta-feira, na Fundição Progresso, Lapa. Os docentes reivindicam um reajuste emergencial de 26% e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. O Governo do Estado encaminhou na segunda-feira para a Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) umprojeto de lei com um reajuste salarial de 3,5%, que não foi aceito pela categoria.

Com as medidas do governo, um professor que ganha R$ 765,66 (16 horas semanais) passará a receber em setembro – com pagamento em outubro – salário de R$ 865,30. O reajuste de 3,5% será calculado em cima do salário já com o Nova Escola deste ano e do próximo, que será adiantado, incorporado. O Estado defende que a melhoria salarial chega a 13%.

Os professores estão nas escadarias da Alerj onde se encontraram com os bombeiros, que também fazem um ato na frente do Legislativo.

O secretário Risolia afirma que menos de 1% aderiu à paralisação e que, a partir desta segunda, os grevistas terão o ponto cortado. De acordo com o secretário, a partir do dia 6 começa a reposição das aulas perdidas:

  • O professor (que faltar) terá seu ponto cortado e temos ações se for o caso para substitui-los – disse Risolia sobre a possibilidade de manutenção da greve.

Diferente de Risolia, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) afirma que cerca de 60% dos funcionários aderiram ao movimento e 70% das escolas da baixada Fluminense estão paralisadas. Na capital, a porcentagem é de 50%. No interior, são 30% das escolas que estão sem aula. Já a Secretaria da Educação fala em uma adesão de 1,5% dos 51 mil professores.

Fonte: O Globo

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here